sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Dor do Meu Passado - Parte 1: A Morte!

Neste momento, escrevo as palavras que representam o meu passado.
Não sou a pessoa que mais sofri no mundo mas posso dizer que já sofri o bastante.
O meu nome? Podemos lhe chamar Diogo, mas não é.
Sempre foi um rapaz de poucas palavras, muito envergonhado e o mais importante, os mais fraco entre todos os meus amigos!
Sempre que andei a briga, o meu corpo paralisava, não me mexia.
Mesmo que a minha mente se entregue completamente as lutas de miúdos eu perdia, pois o meu corpo não mexia, para alem de eu conseguir ver todos os movimentos do meu adversário.
Sempre foi assim, tal como a minha mãe. Incapaz de dizer ou fazer algo para me defender e quando o consigo fazer, os nervos subiam e chorava, foi uma etapa difícil.
Infelizmente, não foi a única coisa que me aconteceu na vida.
Perto de eu fazer o meu aniversario, exactamente 5 dias antes da morte da minha avó. Foi muito difícil ver a minha irmã a chorar pois era a mais apegada a ela do que eu.
Não me lembro ainda muito bem daquele dia, penso que até não cheguei a chorar. Alias quando soube da noticia estava eu no meu quarto jogar consola e ouvi um murmuro desde a sala:
Mana - Não pode ser, não pode ser
Mãe - Calma filha, sabes que ela já estava muito mal, mas infelizmente não suportou.
Desde ai vi logo que a minha falecida avo tinha morto, pois ela ja andava muito mal no hospital.
Sei que sofri, não me lembro como, mas sei que sofri, e esse sofrimento só me fez amadurecer muito.
Por pior que as coisa iam nesse ano, ainda estavam para piorar.
Nessa mesma etapa, no aniversario da irmã do meu melhor amigo (Miguel), os meus pais chegam de carro para me apanhar.
Pai do Miguel - Ei Minga (meu pai), fiquem para jantar! Os miúdos, estão a se divertir imenso.
Pai - Não dá, desculpa interromper a festa, mas o meu sogro acabou de falecer!
Não queria acreditar. Despedi me das pessoas presentes no aniversario e entrei no carro.
Deixo o meu pai conduzir e sair dali e pergunto:
Eu - É verdade o que eu ouvi?
Ninguem respondia, como se quisessem que o silencio tapasse a minha pergunta.
Eu - Mãe, o avo morreu?
Mais uma vez ninguem me respondia, perguntava e pergunta a mesma pergunta e ninguem me dizia nada. Nem sequer uma palavra, nem sequer um suspiro.
Chegando a casa, pergunto pela ultima vez a minha mãe?
Eu - Afinal, o avo morreu ou não?
Mãe - Sim.
Naquele preciso instante fechei os olhos e agarrei me a minha mãe.
chorei cada lágrima que tinha para chorar pelo sofrimento que me estava a causar essa noticia.
Foi difícil.
O tempo passou e eu com ele cresci e novamente amadureci com tanto sofrimento.
Naquele ano, aprendi o significado de palavras que antes desconhecia como a morte, o sofrimento, a perda, a vontade de desaparecer e de chorar.
Foram tempos difíceis, mas ainda virão mais.

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